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As lições do Google para a gestão médica

Por:

Universo DOC

- 10/01/2020

Com 56.300 empregados em todo o mundo, o Google está longe de seguir práticas comuns ao selecionar seus funcionários. Ao contrário da maioria das empresas, os fundadores do Google participam de 100% das contratações. O processo, ao todo, pode levar até um ano. O único aspecto negativo é que menos de 1% dos profissionais analisados são, de fato, admitidos. A empresa já investiu mais de dois anos de pesquisa para tentar encontrar o algoritmo da “equipe perfeita”. Segundo o portal Ética, Valores e Responsabilidade, de Portugal, em 2015, quase 2,7 milhões de pessoas se candidataram a um emprego no Google, sendo que apenas uma em cada 400 teve êxito.

Para quem lida com tecnologia, trabalhar no Google pode ser a oportunidade dos sonhos. A empresa é conhecida por, literalmente, mimar seus colaboradores, oferecendo-lhes regalias únicas. Isso é um dos pilares que ajudam a manter a corporação no pódio das 100 melhores empresas para se trabalhar, como está no ranking anual elaborado pela revista Fortune em conjunto com o Great Place to Work (referência internacional na análise e avaliação de ambientes de trabalho). Tal honraria, contudo, não é novidade, já que isso aconteceu pela sétima vez em dez anos (e pelo quinto ano consecutivo).

O outro pilar que assegura o sucesso da corporação está em seus valores, que são levados a sério por quem integra o quadro de funcionários – ao lado de máximas como

“Você pode ser sério sem um terno” e “É possível ganhar dinheiro sem ser mau”, a empresa apregoa o “Ótimo não é bom o bastante”. Uma das políticas que dá certo no Google e que qualquer empresa – inclusive a sua – pode adotar é a formação do comitê de desempenho. Se você tem dificuldades para promover, demitir ou mesmo avaliar um colaborador, o modelo elaborado pelo Google (segundo consta em suas diretrizes) pode ajudar. Para tanto, basta dividir com outras pessoas – desde que estas ocupem uma posição importante na hierarquia – a responsabilidade por avaliar o desempenho de cada profissional.

Com base nas notas dadas por esse comitê, pode ser mais fácil tomar decisões relacionadas a promoções, aumentos e bônus. Outro valor que o gigante dos buscadores possui bem introjetado é o foco no usuário – que, no seu caso, significa que você precisa se dedicar integralmente aos pacientes (o resto, segundo o Google way of life, vem automaticamente). “Escolher uma coisa e fazê-la muito bem” é outra máxima que pode ser interiorizada.

Não adianta ser bom em uma especialidade e oferecer tratamentos que não domina só porque é a “tendência do mercado” ou porque “está na moda”. Outro valor importante do modelo Google é o “Rápido é melhor que devagar”: da mesma forma que o campeão das buscas se esforça para deixar seu site o mais rápido possível, você também pode ser ágil. Incentive padrões de eficiência em sua equipe, e procure, você mesmo, seguir esse padrão. Assim, seus pacientes estarão mais satisfeitos e você terá feedbacks positivos mais rapidamente.

Texto por Bruno Bernardino e Carol Herling