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O impacto financeiro dos convênios médicos

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Universo DOC

- 10/01/2020

Quando se fala de finanças nos consultórios, o que vem à mente de vários médicos, logo de início, é a fatia do faturamento que depende, exclusivamente, dos convênios.

Muitos profissionais têm sofrido per­das e diminuição em suas rendas devido à relação cada mais vez mais conflituosa com os planos de saúde. São procedimentos glosados, baixos valores pagos pelas consultas e pelos exames e a ameaça, muitas vezes presente, de descredenciamento.

Rodrigo Aguiar, diretor de Desenvol­vimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), afirma que a instituição reconhece que o prestador de serviço é peça fundamental na saúde suplementar e entende que é necessário pro­mover mudanças no modelo de remuneração dos profissionais da Saú­de, incluindo os médicos.

“A agência vem trabalhando na criação de mecanismos regulatórios para incentivar a adoção de boas práticas na atenção à saúde. O desenvolvimento de novos modelos assistenciais e de remuneração de prestadores também é essencial para garantir o equilíbrio e a sustentabilidade do setor”, defende Rodrigo Aguiar.

Grupo de Trabalho de Remuneração

Para isso, foi criado, em 2016, o Grupo de Trabalho de Remuneração, com o objetivo de debater um modelo de financiamento e remune­ração sustentável para o setor.

O grupo de trabalho é formado por representantes de todos os segmentos da Saúde Suplementar: presta­dores de serviços, operadoras, representantes de sociedades médicas e entidades representativas de profissionais de saúde.

“A implemen­tação de novos modelos de gestão, de remuneração de prestadores e de assistência aos beneficiários é discutida em grupos e câmaras téc­nicas, consultas e audiências públicas e nos diversos comitês criados pela ANS.

O grupo de trabalho, especificamente, tem alcançado seu principal objetivo, que é tornar-se um fórum de discussão sobre o tema na Saúde Suplementar, com a participação dos principais atores envolvidos, além de compartilhar as experiências em curso no Brasil”, avalia Rodrigo Aguiar.