Desde que o novo coronavírus chegou ao Brasil, milhares de cirurgias, consultas e exames foram cancelados ou adiados para depois da pandemia. Enquanto pacientes adoecem em filas, a ociosidade ameaça centenas de clínicas privadas de médio porte, que se preparam para demitir até 350 mil pessoas.
Deverão perder o emprego enfermeiros, auxiliares de enfermagem, técnicos e trabalhadores da administração — mão-de-obra que poderá fazer falta quando chegar a hora de cuidar dos pacientes que se acumularam durante a pandemia.
Desde o início da crise sanitária, aproximadamente 70% das cirurgias foram suspensas no Brasil, segundo o Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Cerca de 45 mil pessoas podem morrer nos próximos meses por cânceres não tratados nesse período.
R$ 6 bi por mês
O prejuízo de hospitais, clinicas e laboratórios beira os R$ 18 bilhões —são R$ 6 bilhões ao mês que os planos de saúde deixaram de repassar a eles desde então. A estimativa é do SindHosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo), que colheu os dados de federações hospitalares estaduais.