Tranquilidade é um objetivo que todos temos em nossas vidas, seja na esfera pessoal quanto profissional. Mas o que garante ao médico ter tranquilidade para exercer seu trabalho? Muitas vezes, a segurança jurídica é uma forma de prevenir a quebra dessa tranquilidade tão almejada. Quando toma atitudes preventivas em seu dia a dia, o médico pode evitar muita dor de cabeça no futuro.
Pensando nisso, preparamos uma lista especial com cinco dicas preciosas para a segurança jurídica dos médicos em suas clínicas e consultórios. As orientações vêm de um artigo publicado pela revista americana Medical Economics. Veja, a seguir, as orientações para sua tranquilidade jurídica adaptadas para a realidade brasileira.
1. Documento pouco é bobagem…
Sabe aquela história de que quanto menos burocracia melhor? Pois é, ela não se aplica tanto assim no consultório médico. É verdade que papéis, guias e documentos – a burocracia de maneira geral – tomam muito tempo do médico ou da secretária. Entretanto, os registros precisam ser os mais precisos e informativos possíveis, traçando um panorama completo do atendimento prestado, não apenas listando medicamentos prescritos. Uma burocracia hoje pode resultar em grande tranquilidade jurídica para o médico amanhã.
2. Compartilhe e seja curtido!
Ser acessível e compartilhar as decisões com o paciente (e com seus familiares, conforme as circunstâncias) sobre o tratamento ao qual ele será submetido é uma forma excelente de garantir um nível mais alto de confiança. Quando constrói esse tipo de relação com seus pacientes, o médico pode se precaver de possíveis acusações de negligência na prestação do atendimento. Em geral, quando um paciente se queixa, é porque está assustado, frustrado ou mal informado. Portanto, envolva o paciente nas decisões que tomar: explique bem os diagnósticos, ouça as preocupações dele e veja o consentimento informado como a oportunidade certa para esclarecer dúvidas.
3. Humildade sempre
Uma dica que pode parecer estranha à primeira vista é: não seja arrogante. Não estamos afirmando que você seja essa pessoa, porém, devido à carga histórica que a profissão carrega, os médicos geralmente são vistos como indivíduos mais esclarecidos. Para o paciente, você detém um conhecimento essencial para o bem-estar dele, por isso ele o valoriza tanto. Contudo, quando o médico atua com arrogância, achando-se muito confiante em si mesmo, ele não toma atitudes preventivas, crendo que apenas os registros médicos falarão por si em um possível processo judicial.
4. 3 C: Coordenar, colaborar e comunicar
Muitas vezes, o médico precisa contar com uma equipe multiprofissional para fazer bem seu trabalho, principalmente em casos com paciente crítico. Por isso, é importante exercer os três Cs com a equipe: coordene, colabore e comunique-se. Quando há falhas nesse processo, seja interno ou externamente (no contato com o paciente e familiares), as consequências jurídicas podem ser desastrosas. Lembre-se que, em muitos casos, você é a melhor pessoa para orientar e educar seus pacientes e os membros da equipe na melhor tomada de decisão clínica.
5. Vá em busca da qualidade
Modelos de cuidados baseados na qualidade estão transformando muitos médicos de prestadores de serviços em gestores clínicos. Quando implementa sistemas de segurança e qualidade em sua prática de atendimento, o médico garante mais segurança – tanto jurídica quanto para o paciente. As novas tecnologias de informação, que nas últimas décadas mudaram as vidas das pessoas, é que permitem a melhoria constante da qualidade e dos resultados clínicos na Medicina.