Não é novidade que, para tornar-se um médico, é preciso ter determinação. Desde o início da jornada, que começa no vestibular, esse profissional enfrenta diversos desafios, como provas que exigem muito conhecimento e uma competitividade exacerbada pelas vagas na faculdade. Quando finalmente conclui a graduação, ele se vê diante de outra situação complicada: escolher a residência que vai cursar. E, para conseguir iniciá-la, também precisa demonstrar um domínio extraordinário sobre os conhecimentos da Medicina, passando por diversos testes de alta complexidade.
Quando chega o momento de inserir-se no mercado de trabalho, parece fácil conquistar seu espaço depois de tantos anos de estudo. Mas o cenário pode ser diferente: muitos médicos não se sentem totalmente preparados para dar esse passo na carreira.
Em busca da superespecialização
A grande dúvida é como dar os primeiros passos para ser esse superespecialista. Uma das melhores opções, que vem sendo cada vez mais explorada ao longo dos anos, é o fellowship, uma espécie de estágio, que serve para imergir e aprofundar o aprendizado médico dentro da especialidade escolhida.
Com diversas opções, tanto no Brasil quanto no exterior, o fellowship é um investimento que tem como objetivo oferecer ao profissional um contato com o que há de melhor no mercado médico, desde os hospitais até os grandes nomes dentro da especialidade. Inclusive, esse caminho é uma boa saída para aqueles que anseiam, ainda, por uma subespecialidade. Por exemplo: para um oftalmologista se tornar retinólogo, deve pesquisar por um fellow em Retina.
Por que devo fazer um fellowship?
- Aprender na prática, com especialistas e equipes renomadas
- Vivenciar casos interessantes que chegam em serviços de referência
- Ampliar oportunidades de acesso ao mercado
- Diferenciar-se no mercado de trabalho
- Enriquecer o currículo
Como buscar um fellowship
Enganam-se, entretanto, aqueles que acreditam que o fellowship é um processo fácil. Para fazê-lo, é necessário preencher uma série de pré-requisitos, principalmente se o destino escolhido for em outro país. Em primeiro lugar, é imprescindível ter completado a residência. Sem ela, dificilmente o médico entrará nos processos seletivos, que, por sua vez, são bastante exigentes. Alguns deles pedem experiência profissional de, pelo menos, dois anos, e proficiência em inglês comprovada por provas como o TOEFL (Test of English as a Foreign Language).
Além disso, fazer um fellow pode variar muito de país e especialidade. Existem casos como o Canadá, em que o médico recebe uma licença do College of Physicians and Surgeons (CPS) – equivalente ao Conselho Federal de Medicina aqui no Brasil – para que possa atuar no hospital em que estiver inscrito. Mas, quando o fellowship termina, automaticamente termina essa licença, que só será renovada se o profissional for contratado pelo hospital, e será válida apenas pelo período do contrato.
Por isso, independentemente do país, o importante é entender a relevância profissional e pessoal do fellowship!