Ao abrir um consultório, várias dúvidas podem surgir em sua mente. “Onde devo abrir meu consultório?”, “Como devo estruturar o local?”, “Vale a pena ser credenciado?”. Essas são algumas das questões que surgem para tornar esse momento ainda mais desafiador. Por isso, o Universo DOC preparou a série Meu 1º Consultório, com os principais temas a se ter atenção nessa fase tão importante na carreira. No conteúdo de hoje, colocamos na balança os pontos ao se abrir um consultório sozinho ou em sociedade. Acompanhe a seguir.
Por que sozinho?
Entre as vantagens de se abrir um consultório sozinho está a autonomia. Isso graças ao poder de escolha e administração do consultório, em que o médico poderá aplicar seus gostos pessoais. Além disso, poder criar sua própria agenda de trabalho sem depender da disponibilidade ou não de um parceiro pode apresentar seus benefícios. Dessa forma, também é muito provável que desentendimentos não surjam, afinal, cada pessoa possui uma personalidade e um padrão de trabalho.
Entretanto, do outro lado da balança, existe a possibilidade de o profissional acabar se sobrecarregando, tanto na questão de atendimento quanto na questão administrativa. Quando se tem a colaboração de outra pessoa capacitada, é possível criar uma relação de companheirismo e obter ajuda em questões mais burocráticas do consultório.
Além disso, caso o médico trabalhe exclusivamente com o atendimento nesse consultório e deseje aumentar seus faturamentos e resultados, será difícil obter um tempo maior de descanso. Pontos como esses devem ser levados em consideração, principalmente pelos profissionais que gostam de reservar tempo para família e para outros projetos pessoais.
Por que em sociedade?
Ao se abrir um consultório, diversas despesas surgem para que a estrutura esteja completa. Nesse sentido, abrir um consultório em sociedade pode ser uma boa opção para quem busca a economia de recursos e ajuda com as finanças. O investimento inicial para abrir o negócio pode ser pesado, pois envolve desde a aquisição de equipamentos e mobiliário até computadores e material de estoque, fora toda a parte burocrática e de documentação. Portanto, para muitos, essa pode ser classificada como uma grande vantagem ao iniciar uma sociedade.
Outro benefício a ser citado é a cooperação. Ao abrir um negócio com outra pessoa capacitada, há um compartilhamento maior de ideias. Assim, é possível obter uma visão ampla das situações que ocorrerem no dia a dia do consultório. O maior número de pacientes também pode ser fundamental para o início dessa trajetória. Caso um dos médicos já tenha alguma experiência e pacientes fixos, o outro também poderá ser indicado e beneficiado.
Todavia, em contraponto à vantagem de ter autonomia em um trabalho sozinho, a sociedade pode gerar a perda dessa autonomia. É preciso entender que um trabalho conjunto será realizado e, portanto, as decisões sempre devem beneficiar as partes envolvidas. Despesas e lucros também devem ser claramente expostos por todas as partes. É preciso ter muito cuidado com esses detalhes para não ter dor de cabeça no futuro.
Qual opção escolher?
No momento de escolher se abre sozinho ou em sociedade, é importante que você avalie bem suas principais metas e os recursos disponíveis para o negócio. Além disso, compreender se você trabalha bem em equipe ou não é fundamental. Isso porque, em uma sociedade, esse ponto é crucial para que duas ou mais pessoas não passem por conflitos desnecessários. Estabeleça uma lista de prós e contras entre as duas opções e veja quais pontos podem ser facilmente suportados e quais poderiam representar uma insatisfação futura. A partir desse momento, tome uma decisão assertiva e invista em cursos de capacitação e gestão. Acima de tudo, independentemente do tipo de consultório, saber gerir o espaço fará toda a diferença na prática.