O atendimento médico envolve diversos fatores que vão além das habilidades técnicas. Para fidelizar o paciente, é preciso desenvolver uma relação humanizada. A confiança no médico e o sucesso terapêutico dependem, além de outros elementos, de uma boa comunicação entre profissional de saúde e paciente.
A base das relações interpessoais é a comunicação, podendo ela ser verbal ou não verbal. Normalmente, a linguagem verbal é a mais utilizada, mas esta serve essencialmente para transmitir conteúdo e informação. A forma não verbal, no entanto, está relacionada à apresentação de sentimentos, emoções e qualidades. É ela que transmite sentimentos e emoções, aproximando médico e paciente.
Em um primeiro contato com uma pessoa que não se conhece, a comunicação não verbal é de extrema importância. Cada gesto é observado por ambas as partes; no caso de médico e paciente, a análise não verbal pode ser até mais presente que a verbal.
Ao ser atendido, o paciente observa os mínimos detalhes e tem seus próprios critérios de avaliação, entretanto um fator é comum: todos precisam de atenção. Por isso, ser um bom ouvinte é uma das características mais exigidas de um médico.
Percepção de usuários sobre atitudes e comportamentos dos médicos e ambiente de atendimento
Na prática
Os tipos de sinais não verbais envolvem:
- Ações ou movimentos do corpo;
- Postura corporal;
- Sinais vocais;
- Objeto e adornos;
- Uso do espaço;
- Tipo físico/características físicas;
- Momento em que as palavras são ditas.
É importante compreender que a comunicação não verbal pode complementar ou substituir a comunicação verbal, podendo até mesmo contradizê-la. Ou seja, caso exista conflito entre a mensagem verbal e a comunicação não verbal, a mensagem não verbal pode prevalecer. Por isso, atente-se às atitudes que podem prejudicar a comunicação interpessoal, como:
- Atender sem prestar a devida atenção às subjetividades demonstradas pelo paciente;
- Realizar a consulta com pressa e displicência e não se atentar às emoções do paciente;
- Não observar os gestos do receptor;
- Não manter contato olho no olho com o paciente;
- Deixar o consultório desorganizado;
- Realizar um atendimento frio, sem demonstrar empatia.
Habilidades na comunicação interpessoal, seja ela verbal ou não verbal, são fundamentais nos cuidados na área da Saúde, devendo-se tomar consciência da importância da linguagem corporal, principalmente no que diz respeito à proximidade, à postura, ao toque e ao contato visual.