É claro que o diagnóstico e o plano de tratamento são o objetivo principal de uma consulta. No entanto, quando pensamos na experiência do paciente, não podemos ignorar que há outros fatores que também influenciam se ele sairá, ou não, satisfeito. As condições do consultório e o tempo de espera são alguns exemplos. No entanto, algumas práticas cultivadas pelo próprio médico, na consulta, também influenciam na insatisfação do paciente e merecem ser consideradas. Pensando nisso, listamos seis práticas do dia a dia que podem ocorrer de forma consciente ou não e, assim, atrapalhar a experiência de seus pacientes. Confira abaixo:
- Negligenciar o ambiente do consultório:
Há várias maneiras de negligenciar o ambiente de trabalho: esquecer papéis fora do lugar, usar materiais quebrados e um mobiliário desgastado são alguns exemplos. Quando estiver em seu consultório, se pergunte: Este é um ambiente agradável? Não esqueça que ser atendido em um local feio, mal organizado e sujo certamente não é algo que pacientes esperam de um bom profissional. - Negligenciar a própria imagem:
Seguindo a linha do consultório, descuidar da imagem pessoal é outro fator negativo na comunicação com o cliente. Utilizar jaleco manchado ou amarrotado, roupas inadequadas ou não ter cuidado com as palavras são exemplos de práticas ruins.
Quando estiver em consulta, lembre-se que ali é seu ambiente profissional e que sua aparência e postura devem transmitir credibilidade e confiabilidade. - Permitir interrupções externas:
Interrupções por fatores externos devem ser evitadas ao máximo. Muitas vezes é difícil não estar distraído ou se preocupar com o mundo exterior ao consultório; no entanto, atente-se: A equipe da recepção o interrompe constantemente? Seu computador exibe e-mails ou sites não relacionados ao paciente? Seu celular vibra, ou pior, toca durante a consulta? Atitudes como essas certamente deixarão o paciente desconfortável e sentindo que não é a prioridade do atendimento. - Pressa excessiva e atrasos:
É fácil para o paciente perceber quando o médico está com pressa ou preocupado com o tempo. Quando há pressa excessiva, o médico não ouve atentamente o paciente, tende a ignorar suas perguntas ou interrompê-lo. Se esse tipo de comportamento faz parte da sua rotina, busque melhorar suas habilidades como ouvinte e, se realmente estiver com o tempo apertado, seja prático e rápido, mas não tenha pressa. Caso necessário, passe a reorganizar sua agenda de forma a disponibilizar um maior período entre os atendimentos. - Não ter compreensão com a dor e/ou desconforto do paciente:
Ao cuidar de um paciente, é importante não deixar de reconhecer seu sofrimento ou demonstrar que entende sua dor. Desmerecer suas queixas e dúvidas ou até fazer piadas com a situação comunicam falta de empatia e insensibilidade, tudo o que o paciente não espera quando está em situação tão vulnerável.
Em uma de nossas matérias, “Quando o médico vira paciente: experiências que somam à carreira – Universo DOC”, o cirurgião bariátrico Felipe Koleski fala sobre sua experiência ao se tornar paciente e o quanto isso influenciou sua perspectiva e o tornou mais empático. Acesse para entender um pouco mais sobre o assunto. - Despreparo no teleatendimento:
Por fim, não podemos deixar de pensar no teleatendimento quando falamos sobre a experiência do paciente. Você tem se preparado para as consultas virtuais? Não saber manusear as plataformas digitais, utilizar uma conexão de internet ruim e ignorar tele-etiquetas são exemplos do que não fazer.
É importante buscar exercer a telemedicina assim como no atendimento presencial: com excelência.
Além dessas, há muitas outras práticas que podem prejudicar a entrega de uma melhor experiência para seus pacientes. Por isso, não deixe de buscar feedback, seja pessoalmente ou até mesmo em suas redes sociais. Ao contrário dos itens abordados anteriormente, há práticas positivas que em muito colaboram com a atenção em Saúde.
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