VCMH atingiu 25,0 % nos 12 meses terminados em dezembro de 2021

A Variação do Custo Médico Hospitalar (VCMH) para um conjunto de 672,6 mil beneficiários de planos individuais atingiu 25,0 % nos 12 meses terminados em dezembro de 2021, relativamente aos 12 meses terminados em dezembro de 2020. Constatou-se que todos os procedimentos apresentaram uma VCMH positiva, ou seja, houve aumento nas despesas per capita no período. As informações são do relatório 26º VCMH/IESS, apresentado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

Variação estava negativa em 2,4% em janeiro de 2021

Segundo o IESS, em janeiro de 2021, a VCMH estava negativa em 2,4%, ainda refletindo a opção dos beneficiários em adiarem procedimentos eletivos e consultas devido à pandemia de Covid-19, por isso a queda abrupta da Variação nos meses anteriores. Com o início da vacinação no país e retomada gradual das atividades, observou-se que, a partir de março, houve retomada do crescimento do indicador, após oito meses o índice apresentando variação negativa.

O relatório destacou ainda que o índice VCMH/IESS tem no seu cálculo apenas planos individuais, não refletindo necessariamente a variação das despesas dos planos coletivos.

VCMH é afetada pela variação das despesas com internações

Em relação à composição dos custos com assistência à saúde dos beneficiários de planos individuais, o relatório mostrou que as internações têm o maior peso (63%), seguidas por terapias (12%), exames complementares (10%), consultas (2%), e Outros Serviços Ambulatoriais – OSA (8%). A VCMH é, portanto, muito afetada pela variação das despesas com internações. Essa composição difere daquelas de períodos anteriores, que foi afetada pela pandemia. Em 2019, esta composição tinha sido de: internação (60%), terapias (13%), exames (12%), consulta (9%) e OSA (7%).

De acordo com o relatório, constatou-se que todos os procedimentos apresentaram uma VCMH positiva, ou seja, houve aumento nas despesas per capita nos 12 meses até dezembro de 2021, relativamente aos 12 meses até dezembro de 2020. São eles, consultas (16,6%), exames (25,3%), terapia (10,4%), OSA – Outros Serviços Ambulatoriais (34,4%) e internação (23,6%).

Sobre a VCMH

A VCMH/IESS é uma medida da variação do custo médico-hospitalar per capita incorrido pelas operadoras de planos e seguros de saúde com a assistência a seus beneficiários. A variação do custo médico-hospitalar (VCMH) é calculada considerando-se o custo médio por exposto em um período de 12 meses em relação às despesas médias dos doze meses imediatamente anteriores. Essa é uma média móvel que expurga efeitos de sazonalidade. O cálculo é feito para um conjunto de planos individuais (antigos e novos) de operadoras de abrangência nacional. A amostra utilizada no cálculo foi de 672,6 mil beneficiários em dezembro de 2021.

A metodologia é reconhecida internacionalmente e aplicada na construção de índices de variação de custo per capita em saúde nos Estados Unidos, como o S&P Healthcare Economic Composite e Milliman Medical Index.

O índice VCMH/IESS é uma média ponderada por padrão de plano (básico, intermediário, superior e executivo), o que possibilita a mensuração mais exata da variação do custo médico-hospitalar. Com isso, eliminam-se boa parte das variações que decorrem de mudanças na composição dos planos, que nada teriam a ver com variação de despesas.

O custo médico-hospitalar resulta do produto da frequência de utilização pelo preço médio dos serviços de saúde. Portanto, a variação do custo ou a VCMH é a soma das variações dos preços e das frequências de utilização, mais os efeitos cruzados, resultando maior do que a soma das variações dos preços e das variações das quantidades. Dessa forma, se em um determinado período a frequência de utilização e o preço médio aumentam, o custo apresenta uma variação maior do que a soma das variações isoladas de cada um desses fatores.

Acesse aqui o 26º VCMH/IESS.

Fonte: Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS)