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Feminização da Medicina: quais os dados da Demografia Médica 2023?

Por:

Bruno Aires

- 07/03/2023

Feminização da Medicina, quais os dados da demografia médica 2023?

O fenômeno da feminização da Medicina já vem de vários anos, mas as projeções mostram que as mulheres estão prestes a se tornarem numericamente a maioria entre os profissionais

As mulheres vêm ganhando cada vez mais espaço e devem se tornar a maioria dos profissionais na Medicina já no próximo ano. Segundo projeção publicada na Demografia Médica 2023, produzida pela Associação Médica Brasileira (AMB), em 2024, as mulheres serão 50,2% da população médica no país. A taxa de crescimento mostra que, em 2035, serão mais de 1 milhão de médicos no Brasil e 56% dos profissionais devem ser o sexo feminino.

Hoje, o Brasil conta com mais de 560 mil médicos. A Demografia Médica 2023, da AMB, aponta que hoje são 562.206 profissionais. Já dados demográficos divulgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) mostram que são 564.385 médicos no país. As duas instituições publicaram suas demografias no início de fevereiro deste ano. Ambas as pesquisas mostram o crescimento das mulheres na Medicina.Feminização da Medicina, quais os dados da demografia médica 2023?

O fenômeno da feminização da Medicina não acontece apenas no Brasil. Segundo dados publicados na Demografia Médica 2023, da AMB, as mulheres são maioria em 15 países europeus. A Letônia lidera esse ranking, com 73,9% dos seus profissionais sendo do sexo feminino.

O Brasil é o primeiro país do ranking a não ser uma nação europeia, ocupando a 18ª posição entre os países com mais mulheres médicas. Curiosamente, os países orientais, como Coreia do Sul e Japão, ocupam as posições mais baixas da pesquisa. Apenas 22,7% dos profissionais japoneses são médicas.

Os estudos demográficos também mostram como as mulheres já são maioria em várias especialidades médicas no país. Das 55 especialidades reconhecidas no Brasil, 36 têm predominância masculina, enquanto as outras 19 são compostas majoritariamente por mulheres.

A Dermatologia lidera o ranking feminino, com 77,9% dos 8.236 especialistas registrados. Já a Urologia é a especialidade mais masculina do país: dos 5.820 profissionais registrados, 97,1% são homens.

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