A ficção científica parece não estar restrita apenas às telas de cinema. O ChatGPT e outras ferramentas de inteligência artificial vêm sendo utilizadas em nosso dia a dia – até mesmo na Medicina. Veja, a seguir, como esses recursos podem causar (ou não) uma revolução nos consultórios
Imagine-se em uma realidade em que a inteligência artificial é capaz de dar todas as respostas, buscar soluções e expandir conhecimentos. Pense nessa ferramenta sendo utilizada na assistência à saúde: otimizando tempo, destrinchando procedimentos, armazenando diagnósticos e apresentando um importante papel na prática médica. Imaginou? Pois, então, não imagine mais: afinal, essa realidade já existe e você pode utilizá-la agora mesmo. Você sabe como ela pode ajudá-lo?
A inteligência artificial na Medicina
Criada há mais de 60 anos, a inteligência artificial surgiu com o objetivo de se assemelhar à inteligência humana, armazenando dados e acelerando processos. Porém, com as evoluções provenientes dos avanços tecnológicos, a ferramenta ampliou seu campo e atualmente é aplicada em diversas áreas, incluindo a Medicina.
Segundo o radiologista Felipe Kitamura, diretor de Inovação Aplicada e Inteligência Artificial da rede Dasa, estamos vivendo em um período em que as informações médicas e cientificas são produzidas em grande escala, indo além da capacidade de um médico acompanhar. Nesse sentido, a inteligência artificial possui um importante papel como centralizador e facilitador. “A inteligência artificial tem o potencial para auxiliar os médicos a sintetizarem e utilizarem efetivamente essa grande quantidade de informações”, reforça.
Além desses pontos, a ferramenta também é utilizada em outros importantes aspectos dentro da área, exercendo um importante papel no auxílio de diagnósticos e procedimentos. “No grupo Dasa, por exemplo, a inteligência artificial está sendo usada em diversos aspectos, como para identificar doenças relevantes em laudos de exames por meio de identificação e sinalização; quantificação abdominal de gordura corporal; quantificação de risco de osteoporose; quantificação do escore de cálcio coronariano; e precisão estimativa de idade óssea a partir de radiografias da mão e do punho”, exemplifica o médico.
De maneira geral, a inteligência artificial auxilia a Medicina nos seguintes pontos:
- Otimização do fluxo de trabalho
- Precisão diagnóstica
- Personalização de tratamento
- Preenchimento automatizado de prontuário eletrônico
- Evitando erros médicos
- Relação entre médicos
- Auxílio no ensino médico
- Relação com o paciente
Para o ginecologista Heron Werner, coordenador do Laboratório de Biodesign da Dasa e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), além de auxiliar o dia a dia médico, a inteligência artificial já apresenta um importante papel na formação de novos profissionais, dinamizando as aulas com a realidade virtual.
“Na atualidade, temos cada vez mais o uso das realidades virtuais aumentadas na área médica, ajudando no ensino de médicos, nas discussões multidisciplinares de casos complexos, no auxílio do planejamento de cirurgias e na própria execução delas”, ressalta o profissional.
Telemedicina, robôs e bancos de diagnósticos são alguns dos avanços que podemos observar e que hoje possuem papel importante na Medicina. Entre esses recursos, temos hoje o ChatGPT, que ganhou visibilidade e levanta a questão: com ele, o que pode mudar na prática médica?