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Câncer de pele: Dezembro Laranja destaca cuidados individualizados

Por:

Roberto Caligari

- 18/12/2023

Dezembro é um mês bastante aguardado pelos brasileiros, principalmente por causa do verão e das férias de fim de ano. Devido ao calor, é uma das ocasiões também em que as pessoas mais se expõem à luz solar e aos raios ultravioletas, o que pode acarretar problemas sérios de saúde, como o câncer de pele.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pele corresponde a 30% de todos os tumores malignos no Brasil e a cada ano surgem 185 mil novos casos. O tipo mais comum é o câncer não melanoma, mas este apresenta baixo índice de mortalidade. Já o câncer de pele melanoma é menos frequente, porém com maiores taxas de mortalidade.

Os números são alarmantes. Segundo dados da Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, a perspectiva é de que até 2025 ocorram 220 mil novos casos de câncer de pele não melanoma, o que corresponde a um risco estimado de 101,95 por 100 mil habitantes, sendo 101.920 em homens e 118.570 em mulheres. Em relação ao câncer de pele melanoma, o número de casos novos estimados é de 8.980, cujo risco é de 4,13 por 100 mil habitantes (4.640 em homens e 4.340 em mulheres).

#DezembroLaranja

Criado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) em 2014, o Dezembro Amarelo tem o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos e a prevenção do câncer de pele. A cada ano, a entidade traz campanhas voltadas para um aspecto específico da doença. A ação promovida em 2023 é intitulada: Seu sol, sua pele, sua proteção. Cada um com a sua prevenção e destaca os cuidados individualizados contra esse tipo de neoplasia.

A campanha de conscientização deste ano alerta às pessoas de todos os tipos de pele que, independentemente da diversidade que temos em nosso país, a prevenção ao câncer é para todos, cada um do seu jeito, de maneira individualizada. “Pessoas com todos os tipos de pele devem tomar cuidado com a exposição excessiva ao sol”, afirma Heitor Gonçalves, presidente da SBD.

Cuidados necessários

Qualquer um pode desenvolver a doença, porém existem pessoas mais suscetíveis, como as de pele, cabelos e olhos claros, aqueles que têm histórico de câncer de pele na família, indivíduos com pintas pelo corpo e pacientes imunossuprimidos e/ou transplantados.

É preciso atentar-se a pintas que crescem, manchas que aumentam, sinais que se modificam ou feridas que não cicatrizam. O autoexame frequente facilita o diagnóstico e o tratamento precoces. Ao notar alguns dos sintomas, deve-se procurar um dermatologista associado à SBD ou nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS)

É importante que familiares sejam examinados também, pois muitas vezes os cânceres podem aparecer em regiões em que não é possível reconhecer sozinho. Além disso, sempre que for necessário se expor ao sol, não se deve esquecer de proteger as áreas descobertas do corpo, inclusive em dias frios e nublados.