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Inteligência artificial: usá-la ou não para atender o associado?

Por:

Bruno Aires

- 16/04/2024

Hoje, o atendimento automatizado por inteligência artificial vem ganhando adeptos em empresas e até em instituições de saúde. Porém, nem todas as associações médicas veem com bons olhos esse novo recurso

Atualmente, muito se fala em inteligência artificial. O conceito nasceu na década de 1950, mas só nos anos de 1990, com um maior avanço tecnológico, o que até então parecia ficção científica começou a se tornar uma realidade. Hoje, sistemas e aplicativos em smartphones utilizam inteligência artificial em várias funcionalidades do dia a dia e até mesmo no contato entre as pessoas.

São processos e mensagens automatizadas que facilitam o contato de empresas e instituições – inclusive da área da Saúde – com clientes (e pacientes). As sociedades médicas também vêm utilizando recursos de inteligência artificial no atendimento dos seus associados, buscando responder mais rapidamente às demandas que chegam até elas.

Como a inteligência artificial (IA) pode impactar o atendimento ao associado?

  • Mais personalização: a IA consegue identificar dados, preferências e histórico de cada pessoa e promove um atendimento menos genérico;
  • Resposta imediata: o associado pode ter um tempo de espera menor para que haja um retorno da sua demanda, já que o atendimento fica disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana;
  • Respostas consistes: sem interferência humana, o atendimento pode gerar respostas não influenciadas por fatores externos e que não afetam a qualidade do contato.

Apesar de algumas sociedades médicas já utilizarem a inteligência artificial em seu contato com os associados, o recurso não é uma unanimidade. Um exemplo é o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR). Segundo o diretor de Comunicação da sociedade, Robertson Bernardo, embora se reconheça o potencial da IA em otimizar e personalizar o atendimento em várias áreas, o CBR optou por não a adotar nos contatos com os associados.

“Entendemos que a IA pode oferecer vantagens, como a eficiência operacional e a capacidade de oferecer respostas instantâneas a consultas simples. No entanto, também estamos conscientes das desvantagens, como a possibilidade de uma experiência impessoal para o usuário e os desafios em lidar com questões complexas que requerem empatia e compreensão humana”

Robertson Bernardo, diretor de Comunicação do CBR

Outras formas de comunicação

Para Robertson Bernardo, quando a sociedade médica opta por não usar a IA – como é o caso do CBR – é preciso pensar em outras formas de dialogar com os associados. “Nossa abordagem atual está centrada na valorização do contato direto e na construção de relações significativas com nossos associados, algo que continuamos a aprimorar”, explica.

O diretor do CBR enfatiza, ainda, que a comunicação com os associados é uma prioridade da atual gestão. “Para manter nossos associados informados e engajados, atualmente utilizamos, entre outros canais, o e-mail, newsletters, grupo de WhatsApp, o website oficial e as redes sociais. São canais desenvolvidos com base nas necessidades e preferências dos associados para, assim, garantir que as informações sejam acessíveis e relevantes”, afirma.

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