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11 dicas para usar a escuta ativa com o paciente

Por:

Juliana Temporal

- 11/11/2024

Dicas para usar a escuta ativa

Usando as técnicas de escuta ativa no seu consultório, o médico pode mudar a forma como se relaciona com seu paciente, estabelecendo um atendimento mais humanizado. Lembre-se: o corpo fala!

A escuta ativa é uma habilidade de comunicação que aumenta a recepção correta das mensagens verbais e não verbais. Não se trata de apenas ouvir com atenção e interesse nem a forma como se fala, mas abrange também identificar os sinais que o corpo dá durante uma conversa. Na Medicina, as técnicas da escuta ativa podem fortalecer a relação com o paciente e estabelecer um atendimento mais humanizado.

Escuta ativa = sentidos em alerta + inteligência emocional + empatia

Um dos motivos que faz com que o paciente se sinta satisfeito com o atendimento do médico é a sensação de ter suas preocupações, necessidades e expectativas ouvidas. Para o médico, é importante entender a história pessoal do paciente – e não somente ouvir a “narração” sobre a sua doença. A escuta ativa pode resultar em melhores diagnósticos, maior adesão ao tratamento e a construção de uma relação de confiança com o médico.

GIF - Matéria UD - Revista DOC #90 (1)

Veja a seguir 11 dicas de como usar a escuta ativa com os pacientes

1. Foco: mantenha atenção na interação com o paciente

Esforce-se para ouvir não apenas as palavras que o paciente está falando, mas a mensagem como um todo que está sendo transmitida. Não se distraia com o que possa estar acontecendo ao seu redor.
2. Interesse: demonstre que deseja conhecer a história do paciente
 
Absorva todas as informações que estão sendo transmitidas. Ao demonstrar interesse pela história do paciente, você pode ajudá-lo emocionalmente, proporcionando conforto e acolhimento.
3. Presença: emita sinais de atenção enquanto ouve
 
Deixe claro que está acompanhando o que é dito. Mantenha contato visual, expresse sinais com o rosto, assinta com a cabeça, sorria e pronuncie onomatopeias, como “Aham”, “Uhum”, “Ah”.
4. Atenção: leia nas entrelinhas do que não é dito
 
Fique atento à comunicação não verbal. É importante observar a expressão facial e os gestos do paciente. Atente-se para sentimentos não expressados, palavras evitadas, tonalidade, tempo e inflexão da voz.
5. Empatia: coloque-se no “lugar” do paciente
 
Entenda o ponto de vista do paciente. A empatia é fundamental para construir uma conexão emocional com ele, promovendo uma relação de confiança.
6. Cordialidade: evite interrupções e julgamentos
 
A abordagem do paciente precisa ser a mais cordial possível. Permita que ele se expresse sem interrupções, sem julgamentos e sem direcionar a conversa para outro assunto. Entenda quais são suas crenças e seus valores.
7. Espera: aguarde o momento certo para falar
 
Saiba o momento de interromper ou realizar uma pergunta, de modo que o canal de comunicação se mantenha aberto o tempo todo. Não contra-argumente enquanto o paciente ainda estiver se expressando.
8. Diálogo: busque o máximo de informações
 
Faça perguntas abertas (aquelas que exigem respostas diferentes de “sim” ou “não”). Com isso, tente entender as preocupações, sentimentos e expectativas do paciente. Sempre que possível, comece a pergunta com “Por que?”.
9. Clareza: utilize uma linguagem de fácil compreensão
 
Usar termos técnicos pode dificultar que o paciente entenda a mensagem. Seja claro e objetivo para assegurar que suas explicações sejam compreendidas.
10. Confirmação: resuma o que foi dito pelo paciente
 
Ao repassar as informações fornecidas pelo paciente, é possível confirmar se você compreendeu corretamente o que foi dito. Essa ação também demonstra que você esteve atento aos detalhes enquanto escutava.
11. Feedback:exponha sua opinião
 
Avalie o que foi dito e garanta que o paciente compreenda a sua opinião. Ou seja, dê um retorno analítico para o paciente, construindo assim uma interação importante com ele.

Ouça um podcast sobre como a relação médico-paciente é um dos pilares da carreira médica.