Um atendimento médico de excelência envolve diversos passos e garantir a segurança do paciente é essencial para isso. Porém, na prática, isso pode ser deixado de lado.
Dessa forma, conteúdos especializados no tema são uma ótima oportunidade para o profissional se assegurar do bem-estar de seu paciente em meio às mudanças na área da Saúde.
Guilherme Armond é graduado em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e mestre em Saúde da Mulher pela Faculdade de Medicina da UFMG, além de possuir outras formações que endossam seu interesse em entender o mundo da Saúde e, principalmente, o paciente.
Tendo publicado a primeira edição do livro Segurança do paciente em 2016, a segunda edição está sendo lançada para trazer informações atualizadas e aprimoradas que já haviam sido previamente abordadas.
Por isso, o Universo DOC conversou com Armond para falar sobre o processo de escrita da nova obra e suas expectativas para o futuro.
Universo DOC – Quais foram as suas principais motivações e métodos de abordagem para escrever a segunda edição do livro Segurança do paciente?
Guilherme Armond – A principal motivação foi a constante evolução do tema na área da Saúde, com o surgimento de novas tecnologias, abordagens e diretrizes. Busquei atualizar o conteúdo para refletir as mais recentes evidências científicas, integrar o uso de importantes ferramentas na gestão de riscos e aprofundar a análise das causas sistêmicas de erros.
A abordagem foi baseada em uma visão multidisciplinar, considerando o papel de todos os profissionais de Saúde e a importância do envolvimento e do empoderamento ativo dos pacientes e de suas famílias. Além disso, incluí estudos de caso e exemplos práticos para tornar o livro mais aplicável à realidade do dia a dia nas instituições de saúde.
UD – Oito anos se passaram desde o lançamento da primeira edição. Quais mudanças ocorreram no contexto da segurança do paciente para que o senhor considerasse necessária uma segunda edição?
GA – Nos últimos oito anos, a segurança do paciente passou por avanços significativos, como a implementação de novos conceitos e ferramentas de gestão de risco, o aprimoramento das práticas de comunicação e uma ênfase maior na cultura de segurança nas instituições de saúde.
Além disso, novas diretrizes, estudos e modelos de gestão surgiram, destacando a importância de uma abordagem mais sistêmica e colaborativa. Essas mudanças tornaram imprescindível a atualização do conteúdo para refletir as práticas mais atuais e os desafios emergentes da área. A inovação e a atualização técnico-científica são constantes nesse campo.
UD – Quais são os principais pontos abordados na segunda edição e que chamam a atenção, principalmente, do leitor que já tem a primeira?
GA – A segunda edição de Segurança do paciente se destaca pela atualização das informações com base nas últimas evidências científicas e inovações tecnológicas, como o uso de ferramentas de qualidade e sistemas de monitoramento para reduzir riscos na assistência ao paciente, além da importância do cuidado centrado no paciente.
Inclui também uma abordagem mais profunda sobre as causas sistêmicas de erros, enfatizando a cultura organizacional e a colaboração entre equipes multidisciplinares.
Adicionalmente, traz novos estudos de caso e exemplos práticos, além de incorporar a crescente importância do envolvimento ativo dos pacientes e de suas famílias na promoção da segurança. Essas atualizações tornam o conteúdo mais aplicável e relevante para os desafios contemporâneos da área da Saúde.
UD – Qual é o principal público-alvo com o qual você deseja falar com este lançamento?
GA – O principal público-alvo são os profissionais da Saúde, como médicos, enfermeiros, técnicos, farmacêuticos e gestores hospitalares – ou seja, toda a equipe multiprofissional – que buscam aprimorar a segurança no cuidado ao paciente.
Além disso, a obra também se destina a acadêmicos, estudantes de cursos da área da Saúde e pesquisadores interessados em compreender as novas abordagens, tecnologias e práticas emergentes para prevenir erros e melhorar a qualidade do atendimento.
UD – Houve alguma dificuldade no processo de escrita desta segunda edição? Se sim, qual foi e como contornou a situação?
GA – O processo de escrita desta segunda edição transcorreu de forma fluída, sem grandes dificuldades. Isso se deve ao fato de já possuir uma compreensão sólida do conteúdo e das atualizações necessárias, além da valiosa colaboração de profissionais com vasta expertise no tema.
O principal desafio foi integrar as novas informações e os avanços técnicos de maneira clara e coesa, assegurando que o texto se mantivesse fiel à primeira edição, sem perder a acessibilidade e a utilidade para o público-alvo.
UD – Quais são os seus desejos e objetivos para o futuro enquanto escritor?
GA – Meu principal objetivo como escritor é continuar contribuindo para a formação de profissionais da saúde, abordando temas relevantes e emergentes de forma clara e acessível. Desejo aprofundar minha pesquisa e explorar novas áreas, como a integração de tecnologias digitais no cuidado ao paciente e o impacto das políticas de saúde na segurança.
Além disso, quero expandir meu trabalho para alcançar um público ainda maior, incluindo gestores e formuladores de políticas públicas, com o intuito de promover uma cultura de segurança mais sólida e eficaz em todo o sistema de saúde.