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Medicina Integrativa: o que é e quais suas vantagens?

Por:

Raquel Prazeres

- 24/01/2021

medicina integrativa

Cada vez mais as pessoas vêm buscando novas formas de tratamento. Assim, métodos mais eficientes e humanizados são exigidos pelos pacientes, e a tendência é que essas técnicas alternativas sejam mais adotadas. Uma dessas formas de tratamento é a Medicina Integrativa, um método que, como o próprio nome sugere, trata o paciente de forma integrada e humanizada.

Para a Drª. Natália Santos, médica que trabalha com a modalidade, o interesse pela área surgiu de forma muito natural, já que gosta de temas que envolvam o envelhecimento saudável. “Eu comecei a estudar sobre prevenção e envelhecimento saudável e, assim, naturalmente meu caminho foi mudando de rota em direção à Medicina Integrativa”, conta a médica.

Nesse cenário, a relação entre médico e paciente é extremamente importante, pois todo o tratamento é individualizado, baseado nas demandas e necessidades das pessoas. Isso acontece porque, diferentemente do ponto de vista tradicional, na Medicina Integrativa a saúde é a soma de aspectos que vão além da área biológica, incluindo também as partes emocionais, sociais, mentais e espirituais.

Além disso, essa prática coloca o paciente como protagonista do seu tratamento. Ou seja, ele deixa de ser um receptor de remédios, exames, e começa a se ver como principal agente para sua saúde. Nesse método, os profissionais da Saúde têm como objetivo alcançar as melhores condições para o paciente, visando não apenas a cura de uma doença específica, mas uma melhora na qualidade de vida.

Principais vantagens

Com a Medicina Integrativa, o paciente trata do seu problema de maneira completa, sem qualquer prejuízo ao tratamento médico tradicional. Em vez de buscar a cura olhando apenas para o órgão ou sistema que está doente, a Medicina Integrativa propõe um olhar amplo sobre o corpo, a mente e o espírito. Ao fazer isso, ela propõe uma redução do estresse e aumento do bem-estar, aliviando sintomas e proporcionando um reequilíbrio interior.

Natália acredita que essa visão global e holística das pessoas é muito importante no tratamento como um todo. “Isso é fundamental para mudanças no estilo de vida e, consequentemente, na vida dos pacientes”, afirma. Além disso, a boa prática da Medicina Integrativa também pode ser crucial na prevenção de possíveis doenças. Com acompanhamento psicológico, por exemplo, um paciente acima do peso pode aprender a lidar melhor com situações de estresse, sem utilizar uma das causas desse distúrbio, como a compulsão alimentar.

Relação médico-paciente

Um dos processos mais importantes da Medicina Integrativa é o fortalecimento da relação entre o médico e o paciente. Com essa abordagem, o profissional da Saúde analisa os aspectos do seu público, sendo necessário um olhar humanizado, sabendo escutá-lo e construindo uma relação duradoura. Nesse sentido, é preciso saber quem é a pessoa, como é a sua rotina, sua vida social, situação econômica, visualizando o ser humano em sua totalidade.

Segundo Natália, a modalidade pode ser extremamente benéfica nessa relação. “A relação médico-assistente sempre foi vertical, mas na Medicina Integrativa, essa relação é horizontal – com trabalho mútuo é possível atingir o sucesso do tratamento. E isso claramente fortalece essa relação”, defende.

O tratamento do paciente pode ser compartilhado entre médicos, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas,  enfermeiros etc., trabalhando em conjunto e disponibilizando todos os seus conhecimentos. Dessa maneira, há a construção de uma verdadeira relação entre o médico e o paciente, tornando até mesmo o processo de fidelização mais fácil.