A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) está implementando um novo sistema de governança, após mudança no seu Estatuto Social, processo que teve início em 2020. A partir de agora, a sociedade não terá mais uma diretoria, e sim um conselho administrativo, composto por dez membros – sendo dois representantes de cada uma das regiões pelas quais a Sociedade divide o país (Norte/Nordeste, Brasil Central, Sul, Leste e Paulista).
A eleição na SBC passa a seguir um modelo de votação parecido ao utilizado nas eleições presidenciais norte-americanas, nos quais os estados reúnem delegados, que representam os associados. “Cada estado, de acordo com a quantidade de sócios na SBC, tem um determinado número de sócios delegados. A proporção é de um delegado para cada 150 sócios”, explica o coordenador em exercício da Comissão Eleitoral e de Ética Profissional (Celep) da SBC, Otávio Rizzi Coelho.
As eleições para delegados, bem como para os diversos departamentos da SBC e para as sociedades estaduais, ocorreram na primeira quinzena de maio. Já a escolha dos novos membros do Conselho Administrativo acontece em novembro, quando será realizada a Assembleia de Delegados. Uma das principais responsabilidades do Conselho Administrativo será a definição do novo presidente da SBC, o que só ocorrerá em janeiro do próximo ano.
As mudanças no sistema de governança da sociedade foram definidas a partir de uma comissão indicada pelo presidente licenciado da SBC, Marcelo Queiroga, atual ministro da Saúde. “A comissão irá trabalhar com autonomia para fazer uma revisão completa do estatuto e propor alterações que vai desde o modelo de governança até o processo de escolha de seus dirigentes. De tal sorte que torne a SBC uma sociedade moderna, com um modelo de gestão semelhante às congêneres internacionais e crie um novo ciclo de desenvolvimento para a Cardiologia brasileira”, disse Queiroga em janeiro de 2020.
Crédito de Imagem: Jorge Hely Veiga