Comparando 2016 e 2021, o número de procedimentos de assistência médico-hospitalar passou de 1,28 bilhão para 1,47 bilhão, aumento de 14,8%. Nesse período, o número de beneficiários subiu de 47,7 milhões para 48,9 milhões, aumento de 2,7%. E, as despesas com assistência à saúde passaram de R$ 131,9 bilhões para R$ 199,9 bilhões (valores nominais), crescimento de 51,4%. Esses dados são do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2016 e 2021, divulgado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), em setembro.
A análise do IESS buscou traçar um panorama da saúde suplementar do Brasil entre 2016 e 2021, com enfoque em 2020 e 2021, contribuindo com a discussão do setor e com o objetivo de observar a evolução dos procedimentos e despesas assistenciais realizadas pelos planos de assistência médico-hospitalar.
De acordo com o relatório, o ano de 2021 foi atípico, tanto na área da saúde, como no econômico e social em todo o mundo, devido ao prolongamento do isolamento social, iniciado em 2020, justificado pela pandemia de Covid-19. Os resultados do Mapa apontaram para o aumento dos serviços nos grandes grupos de assistência: consultas médicas (12,8%), outros atendimentos ambulatoriais (30,8%), exames complementares (27,1%), terapias (26,9%) e internações (4,8%). Por consequência, também aumentaram as despesas dos serviços assistenciais (21,2%).
O ano de 2021 iniciou com as campanhas de vacinação contra a Covid-19 e as restrições sociais atenuadas. Esta conjuntura trouxe maior confiança à população para voltar a utilizar os serviços médicos, além de os procedimentos eletivos voltarem a serem realizados, especialmente a partir do segundo semestre. Esses fatores fizeram com que houvesse um aumento dos procedimentos assistenciais de 24,8% nos últimos 12 meses. Ao comparar com os últimos dozes meses de 2020, no auge do isolamento, o número de procedimentos apresentou queda de 17,4%.
O relatório também destacou que a retomada da realização de procedimentos por parte dos beneficiários é resultado da flexibilização do isolamento social e da retomada de procedimentos cirúrgicos eletivos, que foram suspensos no lockdown. Isso implicou no aumento das despesas dos serviços assistenciais e na pressão na inflação médica que acabou por repercutir na mensalidade dos planos de saúde.
O IESS espera que os resultados do relatório suscitem discussões quanto à necessidade de avanço de ações de prevenção de doenças e promoção da saúde e que auxiliem a se pensar nas especificidades das populações e suas características epidemiológicas.
Acesse o relatório completo aqui
Fonte: Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS)
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