Saiba mais a respeito sobre as especialidades mais procuradas pelas médicas, o olhar feminino na Medicina e a difícil tarefa de equilibrar carreira e vida pessoal.
Durante muito tempo, o predomínio na carreira médica foi dos homens. Contudo, essa realidade vem se transformando ao longo dos anos, com mais intensidade desde 2010, e as mulheres passaram a ocupar um lugar de destaque.
Segundo um estudo do Ministério da Saúde, as mulheres devem ser maioria atuando na Medicina até 2030. Atualmente, a presença feminina na Medicina já é maior do que a masculina em algumas faixas etárias e especialidades.
O aumento das mulheres na carreira médica é nítido na evolução da distribuição por gênero ao longo do último século. A partir de 2009, as médicas passaram a ser maioria, pois do total de novos registros nos CRMs naquele ano, 50,4% eram de mulheres e 49,6%, de homens.
Em 2019, entre os novos médicos que fizeram suas inscrições, 57,5% eram mulheres.
O Brasil possui 55 especialidades médicas reconhecidas e a predominância feminina pode ser observada em 19 delas. As médicas se interessam mais por especialidades relativas à atenção primária em saúde, se dedicando à prevenção e à redução de riscos de doenças à saúde.
Diversos fatores influenciam para que determinada especialidade esteja em alta, tais como as descobertas científicas, a remuneração e as necessidades da população.
Cada vez mais o atendimento humanizado aos pacientes vem ganhando espaço na Medicina e a presença feminina contribui para isso. Pesquisas mostram que médicas mulheres permanecem com os pacientes por mais tempo do que os médicos homens e dão uma atenção maior aos pacientes, proporcionando um acolhimento.
Uma curiosidade é que nas especialidades relacionadas à cirurgia, os homens são a maioria, como é o caso da Cirurgia Geral, na qual as mulheres ocupam apenas um quinto do total.
As mulheres apresentam algumas características marcantes em sua personalidade, como possuir uma sensibilidade mais apurada, que contribui para a formação de vínculo com o paciente.
Além disso, geralmente, as mulheres possuem facilidade em se comunicar e conseguem realizar diversas tarefas ao mesmo tempo, sendo essas características vantajosas para um trabalho em equipes multidisciplinares em locais como unidades de saúde e clínicas.
Em dez anos, a especialidade que mais expandiu o número de médicos residentes foi a Medicina de Família e Comunidade, que passou de 181 vagas de R1, em 2010, para 1.031 vagas de R1, em 2019 – um aumento de 469,6%. Dos médicos atuantes nessa especialidade, 58,7% são mulheres.
Mulheres e homens possuem formas diferentes de construírem e administrarem suas carreiras. Pesquisas mostram que as atividades familiares contribuem para que as mulheres médicas cumpram uma jornada de trabalho menor.
Normalmente, a médica se cobra muito e quer ser boa profissional, mas para que aconteça, precisa ter saúde, bem-estar mental, físico e social. Por isso, é importante equilibrar carreira e vida pessoal.
Se você gostou do conteúdo, compartilhe com seus amigos nas redes sociais
Portal de conteúdo de gestão na área da Saúde e de referência nacional quando o assunto é Carreira Médica.