Estar à frente de uma entidade médica significa lidar com as expectativas dos associados, principalmente em relação ao uso do dinheiro arrecadado com o pagamento das anuidades. Os representantes de duas grandes sociedades contam como as entidades demonstram a transparência das suas ações.
Mais um final de ano se aproxima: época ideal para fazer um balanço das ações realizadas nos últimos 12 meses e planejar os próximos objetivos. Para os gestores de entidades médicas, este é o momento para mostrar a transparência das suas ações aos associados, enfatizando os bons resultados desenvolvidos.
Conversamos com os representantes de duas importantes sociedades de especialidades médicas: a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Eles nos contaram a importância de gerir bem as verbas disponíveis, mostrando de forma transparente aos associados o bom uso do dinheiro da sociedade.
É importante destacar que, em 2024, uma nova diretoria assume a gestão da SBU, enquanto a atual gestão da SBP segue por mais um ano à frente da entidade.
| Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) |
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| Pedro Gabrich, 1º tesoureiro da SBU “Não obstante sua natureza benemerente e sua indiscutível função social, a SBU não faz uso de verbas públicas, sendo mantida exclusivamente por receitas próprias, notadamente as anuidades de seus mais de 6 mil associados, verbas de patrocínio e resultados de seus eventos oficiais, como o Congresso Brasileiro de Urologia. Sendo assim, a SBU não é legalmente obrigada a tornar públicas suas demonstrações financeiras. Porém, mesmo com a ausência de obrigação legal, as contas da SBU são regularmente submetidas à análise do Conselho Fiscal da sociedade, órgão de administração eleito democraticamente pela Assembleia Geral de Associados. Além disso, é garantido a todo associado acesso às contas da SBU. Para além de tudo isso, a SBU está desenvolvendo seu novo portal, no qual haverá uma área destinada exclusivamente à divulgação das demonstrações financeiras da sociedade. Com isso, a diretoria demonstra responsabilidade com as contas e transparência com os gastos. É muito importante mostrar aos associados o bom uso do dinheiro. Isso traz credibilidade e confiança na gestão da diretoria, fortalecendo diretamente a relação com os associados. Do ponto de vista administrativo, a atual gestão realizou uma mudança completa, estruturando melhor cada setor da sociedade. A atual gestão deixará a SBU bem estruturada para a nova diretoria, que assume em 2024”. |
| Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) |
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| Sidnei Ferreira, diretor financeiro da SBP “Nossa gestão defende e pratica a união, a transparência, a democracia e muito trabalho em torno dos ideais e objetivos estatutários da SBP. Temos um sistema de controle de gestão não corriqueiro, interessante e eficaz. Contamos com um instrumento denominado Conselho Superior (CS), composto pelos presidentes das 27 filiadas, pelo presidente da SBP e pelo presidente da Academia Brasileira de Pediatria (ABP). Esse conselho se reúne duas vezes ao ano, para avaliar, discutir e aprovar, por exemplo, o Balanço Financeiro Anual. Contamos também com um Conselho Fiscal e uma Auditoria Contábil independentes. Convocamos anualmente, ainda, uma Assembleia Geral Ordinária de pediatras, com voz e voto de todos os que se fizerem presentes, para a aprovação das contas ou para mudanças estatutárias. A boa relação entre a diretoria e os pediatras associados é fundamental e tem sido de total confiança, transparência e responsabilidade, para que se possa cumprir com os objetivos definidos há mais de um século pelos fundadores e aperfeiçoados e atualizados por todas as gestões que os sucederam. Um dos diferenciais com os quais contamos é o planejamento das nossas ações, sabendo, entretanto, que durante o ano outras ações terão que ser implementadas, sejam para aperfeiçoar, ampliar ou corrigir as ações previstas, ou para fazer frente aos novos desafios que surgem a cada ano, a cada mês, a cada dia. A SBP é um organismo vivo, em constante crescimento, desenvolvimento, movimento e adaptação”. |
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