No dia 27 de julho, foi comemorado o Dia do Pediatra, o primeiro médico que conhecemos em nossas vidas. Além de tratar da criança e do adolescente, o pediatra é o especialista que também cuida e acolhe as famílias de seus pacientes. Os primeiros mil dias de uma criança são considerados fundamentais para toda a sua vida, porque é nessa fase que ocorre uma parte importante do seu desenvolvimento físico e mental. Muitas doenças podem ser diagnosticadas e tratadas, fazendo grande diferença no futuro das crianças. Em homenagem a esse profissional especial, traçamos o perfil da pediatria no Brasil.
Os números aqui apresentados foram coletados na pesquisa Demografia Médica 2020, realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com o apoio institucional do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).
Veja, a seguir, os principais dados.
Entre as 27 unidades federativas, São Paulo é o estado com o maior número de especialistas, somando 12.727. Enquanto Acre e Amapá são os que contam com o menor número de pediatras, sendo 75 e 83, respectivamente.
A pediatria é uma das quatro especialidades médicas com mais especialistas no Brasil, ficando em segundo lugar, com 10,1%.
Mais uma vez, foi constatado o processo de feminização da especialidade, além de ser formada, principalmente, por especialistas jovens.
Para comemorar a data em 2021, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) preparou uma campanha que visa tanto enfatizar para os pediatras a sua primordial função na vida das famílias brasileiras, quanto mostrar para a sociedade a diferença que um médico especialista em pediatria pode fazer na atenção primária.
Recentemente, a SBP apresentou ao Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e ao Secretário de Atenção Primária à Saúde, Rafael Câmara Medeiros Parente, uma proposta de melhoria na qualidade da assistência e de valorização dos pediatras na atenção primária à saúde. Na ocasião, foram apresentados indicadores de morbidade e mortalidade de crianças e adolescentes brasileiros na última década e ainda indicadas as medidas necessárias para conter o avanço de doenças da infância que trazem sérios e graves reflexos na vida adulta.
Fontes: Demografia Médica no Brasil 2020 e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)