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Seguro de eventos: entenda por que ele é importante

Por:

Bruno Aires

- 24/01/2023

Seguro de eventos: entenda por que ele é importante
Seguro de eventos: entenda por que ele é importante

Congressos médicos reúnem milhares de pessoas em um mesmo local. Com um público tão grande, o risco de acidentes existe. Por isso, a contratação de um seguro de eventos é cada vez mais fundamental

Que prevenir é sempre melhor que remediar, o antigo ditado popular já diz há muito tempo. Quando se trata de eventos promovidos por sociedades médicas, como congressos, jornadas e simpósios, essa máxima vem se tornando uma realidade cada vez mais presente.
Contratar um seguro de eventos pode fazer muita diferença na organização e na realização de um congresso – e evitar posteriormente uma grande dor de cabeça para os gestores da entidade médica.

A diretora da Mais Eventos, empresa especializada na organização de congressos e eventos científicos, Taciana Monte, ressalta que a contratação de um seguro de eventos não apenas é importante, como hoje é considerada item fundamental.

“A contratação de seguro para eventos é obrigatória e da maior importância, pois garante o pagamento de despesas em casos de morte acidental e invalidez permanente total ou parcial, decorrentes de acidentes durante o evento segurado, além de despesas médicas e hospitalares”, afirma.

Segundo Erika Lima, sócia da EPMX, produtora de eventos corporativos com expertise em congressos médicos há mais de dez anos, a organização do evento deve lembrar que o seguro não cobre apenas quem organiza o evento.

“Além do público que está trabalhando, temos os médicos que precisamos proteger. Imagine se, em um congresso, um médico cirurgião tropeça e machuca uma de suas mãos, que são seus instrumentos de trabalho mais primordiais”, exemplifica.

Coberturas personalizadas

Fazer um seguro de eventos é importante, mas deve-se ter em mente que não existe uma fórmula ou um pacote pronto para os congressos médicos. A definição do que será coberto pelo seguro é feita de maneira personalizada.

“O seguro é algo muito completo, mas personalizado de acordo com a necessidade de cada evento. Se for um show, por exemplo, a organização pode contratar a cobertura de ‘não show’. Se você contrata um show e o artista não aparece, como devolver os ingressos? Isso também é cobertura de seguro”, conta Ítala Carneiro, CEO da Nova Geração Seguros.

A especialista explica que o seguro de eventos cobre, prioritariamente, danos causados a terceiros e precisa cobrir ao máximo o risco inerente às pessoas.

“Entendo que se calcule o seguro pelo máximo que é possível pagar, porque não há como prever o tamanho do dano que um acidente pode causar. Mas o importante é fazer um seguro que atenda uma demanda judicial, pois problemas muito graves podem acontecer em um congresso. Já houve casos de acidentes como pessoas caindo do palco, estandes e arquibancadas desabando, incêndios e pessoas levando choques elétricos ao montar ou desmontar um estande”, relembra.

Ítala alerta que a organização do evento precisa estar atenta à contratação do seguro e das coberturas incluídas.

“São infinitas as situações que podem ocorrer, por isso o seguro de eventos é tão importante. Sem ele, o prejuízo sai do bolso de alguém. Pode sobrar para o organizador, para a sociedade responsável pelo congresso, pelo dono do espaço e até mesmo para o patrocinador. O juiz busca o causador do dano. Se este não tiver dinheiro, buscam-se pessoas que possam pagar a conta aos terceiros e seus familiares para que eles não sejam prejudicados”, explica.

O que o seguro de eventos pode cobrir?
  • Responsabilidade civil (danos a terceiros) do organizador e dos expositores
  • Acidentes pessoais (para quem está no evento – organizadores, palestrantes e público)
  • Danos morais
  • Incêndios
  • Roubo de equipamentos (dispositivos de informática, áudio e vídeo, como telões, por exemplo)
  • Instalação, montagem e desmontagem de estruturas
  • Equipamentos expostos em estandes (responsabilidade dos expositores)

Por fim, Ítala Carneiro ressalta que não é só a sociedade médica responsável pelo congresso que precisa contratar um seguro de eventos. As empresas expositoras, que geralmente montam estandes nos congressos, também precisam contratar seguros.

“Os estandes precisam de um seguro próprio, porque eles estão à parte do evento. É como se fosse um condomínio ou um prédio, em que os estandes são os apartamentos. A organização do evento é responsável apenas pela área comum e não pelos estandes. Portanto, são dois seguros que se complementam”, conclui.

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