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Bem-vindos, residentes!

Por:

Bruno Aires

- 10/07/2023

Bem-vindos, residentes!

Os médicos que estão se especializando, muitas vezes, podem acreditar que as sociedades são apenas para quem já tem o seu título de especialista. Mas as sociedades também têm ações voltadas para os residentes

Fazer parte de uma sociedade médica é um caminho que muitos profissionais optam em algum momento de suas carreiras. Alguns deles decidem por se associar ainda na residência, quando estão se especializando e ainda não têm o título de especialista. A construção desse relacionamento desde o início da residência é vista como algo essencial para manter o médico sempre próximo das ações realizadas pelas associações em prol de seus afiliados.

Ana Zollner, primeira secretária da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), defende que o acolhimento aos associados deve ser uma diretriz das sociedades médicas, inclusive quando o médico opta por ser dedicar a uma especialidade. “O acolhimento é uma questão inerente à Pediatria, seja em relação à criança, ao adolescente ou das famílias. Não seria diferente com os médicos residentes, pois eles estão em uma formação para um dia atuar de maneira extremamente próxima a crianças e adolescentes”, afirma.

Segundo a médica, o que os residentes podem encontrar de importante ao se filiar a uma sociedade médica, além do conhecimento técnico-científico atualizado, são as informações de qualidade que podem embasar as decisões clínicas de rotina do futuro pediatra. “O residente passa a pertencer a um grupo de pessoas que se dedicam a discutir a qualidade no atendimento, não só em relação à ciência, mas também pelo viés humanístico. Muitas dessas questões são abordadas em nossos eventos, nos congressos e nas ações de educação continuada”, ressalta.

Ações para os residentes

Muitos residentes acreditam que só devem buscar se associar a uma sociedade de especialidade quando já possuem o título de especialista. Porém, as associações têm ações voltadas para quem ainda está se especializando. Ana Zollner conta que, no caso da SBP, o residente tem acesso integral aos conteúdos disponibilizados no site da associação. Isso inclui o acesso às edições do Jornal de Pediatria e aos documentos científicos elaborados pelos departamentos da sociedade, com orientações, protocolos e diretrizes atualizadas para a rotina do pediatra.

“O nosso programa de educação continuada à distância – o Pronap – também é algo muito interessante para o médico residente. Você faz um pré-teste, tem acesso ao conteúdo teórico e depois faz um pós-teste. Conforme você evolui nesse programa, pode adquirir um certificado da sua atividade, além de reciclar os temas mais abrangentes e mais atuais dentro da Pediatria. Além disso, os residentes também gostam de participar dos nossos eventos, que são extremamente qualificados, como os congressos. Sendo sócios, eles conseguem um desconto para viabilizar a sua participação”, conta a primeira secretária da SBP.

Representatividade

Para Ana Zollner, outro ponto importante sobre o engajamento dos residentes com as sociedades é que, com a construção desse relacionamento, a própria associação mantém a sua perpetuação, garantindo uma representatividade constante na classe médica. “Quando o residente se engaja no associativismo, ele permite a continuidade dessa sociedade, aumentando a representatividade junto aos médicos, mas também junto aos pacientes e suas famílias. Além disso, o residente tem a oportunidade de conviver com pediatras de diversas áreas de atuação, por exemplo, em congressos e eventos, o que pode contribuir de maneira qualificada para a sua formação”, enfatiza.

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