Recentemente, uma pesquisa americana publicada originalmente pela Medical Economics, entrevistou mil pacientes adultos para entender a relação deles com a prática de Telemedicina durante a pandemia de Covid-19. Para coletar os dados, os pesquisadores também levaram em consideração a idade dos entrevistados, analisando três principais segmentos geracionais:
- Millennials (18–36 anos)
- Geração X (37–52 anos)
- Baby boomers (acima de 53 anos)
Descobriu-se que mais de 75% dos que fizeram o atendimento remoto mostraram-se muito ou completamente satisfeitos com a experiência. Contudo, os resultados também sugerem que as instituições de saúde precisam aprimorar a experiência, a aquisição e a retenção dos pacientes, descomplicando o agendamento e o acompanhamento virtual.
A maioria dos entrevistados fez uma avaliação positiva de suas experiências com a Telemedicina, tanto que 50% indicaram que estariam dispostos a mudar de provedor para ter atendimento virtual regularmente. Por outro lado, menos de 50% dos entrevistados relataram que deixaram suas visitas sabendo quais eram as próximas etapas; e menos de 1/3 recebeu acompanhamento por escrito ou por e-mail.
Outras descobertas do estudo
Aumento na procura por agendamento online
Ainda que apenas 30% dos entrevistados tenham agendado suas visitas virtuais on-line, 54% afirmaram preferir esse método de reserva no futuro.
Alta demanda, baixa conscientização
Apesar de muitos desejarem fazer uso da Telemedicina, a conscientização sobre como realizar esse acesso é relativamente baixa. Menos de metade dos entrevistados relatou compreender claramente como seria possível acessar as visitas de atendimento virtual no futuro após o término de suas consultas.
Compreensão dos pacientes sobre os próximos passos após a(s) visita(s) virtual(is)
45% “Saí da visita sabendo quais eram os próximos passos”
45% “Eu entendi claramente como eu poderia acessar as visitas virtuais de atendimento no futuro”
Custo-benefício considerável
Um quarto dos entrevistados disse que pretende utilizar o atendimento virtual no futuro, mesmo que esse serviço não seja coberto pelo seguro de saúde e precisem arcar com a despesa por conta própria.
Nesse cenário, o estudo reforçou a tensão que a Covid-19 colocou no acesso dos pacientes gerou um aumento na disponibilidade e adoção de cuidados virtuais. A pesquisa mostrou também que os pacientes não apenas adotaram a Telemedicina como uma alternativa de curto prazo às visitas pessoais, mas agora também a procuram como parte permanente de seus cuidados de saúde.