Por muitos anos, os consultórios tinham obrigatoriamente o telefone fixo para fazer contato com seus pacientes. Esse meio de comunicação, que já foi tão necessário e revolucionário, hoje perdeu espaço para outras tecnologias, como o celular e as redes sociais. Então, ter um telefone fixo no seu consultório ainda é necessário?
A especialista em educação e comunicação, Nísia Teles, afirma que nos últimos anos o telefone fixo foi deixado de lado e se tornou obsoleto. As novas gerações optam por utilizar outros meios de comunicação, principalmente o WhatsApp, e apenas pessoas com idades mais avançadas ainda priorizam os aparelhos fixos. “O comportamento do consumidor mudou. Vivemos em um mundo digital, onde as relações acontecem o tempo inteiro pela tela do celular”, enfatiza Nísia.
Por isso, a especialistas explica que o médico deve entender o seu público para decidir se vale a pena seguir investindo no uso do telefone fixo. Se o seu consultório tem pacientes de idade avançada que estão acostumados a esse serviço, é interessante mantê-lo.
Esse é o caso da ginecologista Claudia Barquinha, que possui seu consultório há mais de 30 anos e ainda mantém duas linhas de telefone fixo. “Recebo, em média, cinco ligações por dia. Mantenho a linha antiga em função desse perfil de paciente mais idoso. Acho que daqui a um tempo não precisarei mais, porque percebo que essas pacientes também estão se adequando ao WhatsApp”, avalia Claudia.
Então, continuar com o telefone fixo pode ser vantajoso em algumas situações:
- Se seus pacientes forem majoritariamente idosos;
- Em casos de queda de sinal móvel, pois o telefone dificilmente deixará de funcionar;
- Se o consultório receber várias ligações ao mesmo tempo, é possível solicitar mais de uma linha sob o mesmo plano;
- Caso o plano ofereça o serviço telefônico por um preço acessível.
Modernização no atendimento
Com a evolução das ferramentas de comunicação, Nísia constata que não podemos fechar os olhos para a mudança de comportamento do público, e sim abraçar essa nova realidade. Claudia acrescenta que, com a preferência do público mais jovem pelo WhatsApp, suas pacientes marcam as consultas de forma rápida por troca de mensagens.
Além disso, a ginecologista também fala sobre o que chama de prontuário paralelo: “Muitas vezes, a paciente manda os seus exames e outras informações para o meu WhatsApp pessoal. Meses depois, quando ela retorna, apenas abro a conversa e repasso para o prontuário clínico”. Para ela, a digitalização pelo site do Conselho Federal de Medicina (CFM) também facilita o envio de exames e receitas controladas, reforçando que o universo digital se tornou um aliado interessante para o médico.
O WhatsApp Business é outra opção com diversos recursos para modernizar o atendimento do consultório, tendo a possibilidade de padronizar informações importantes, como:
- Horário de atendimento
- Descrição do profissional
- Telefone
- Site
- Portfólio
Para Nísia, essa eficiência nos recursos gera ainda mais facilidade no relacionamento entre o médico e o paciente. Atrelado a isso, a especialista aconselha que o médico treine a sua equipe para atender de forma assertiva, tanto pelo telefone fixo quanto no WhatsApp.