Ao se construir uma carreira de sucesso em qualquer área ou setor, muitos aspectos devem ser levados em consideração, principalmente as características do público ao qual se deseja atingir. Na Medicina não é diferente e a construção de uma marca forte dependerá de diversos aspectos que devem ser priorizados na relação médico-paciente e no contato com outros profissionais da área. Um desses fatores é a familiarização com o ambiente digital, visto que, com a crescente evolução tecnológica, as plataformas e demais ferramentas online tornam-se cada dia mais importantes e presentes nesse processo comunicativo.
Ao abordar o tema “marca forte”, Renato Gregório, CEO do Universo DOC e autor do livro “Marketing médico – criando valor para os pacientes”, destaca três habilidades essenciais nesse processo:
- Ser: competência técnica, ter uma formação sólida;
- Fazer: exercer essa competência em sua prática médica, na relação com o paciente e colaboradores, e em todas as conexões que possuir;
- Comunicar: ter a habilidade de comunicar essas vantagens competitivas ou o conjunto de suas competências para os seus públicos.
Dessa forma, é possível entender que os três pontos estão conectados e, juntos, representam um tripé que colabora com a construção de uma carreira consolidada no mercado de trabalho. Em relação à terceira habilidade, na atualidade, diversas ferramentas digitais estão disponíveis para auxiliar a fortalecer a imagem de um profissional e, assim, colaborar com o seu sucesso. Entre essas ferramentas estão:
- Sites;
- Blogs;
- Portais de especialidade;
- Canais no YouTube;
- Whatsapp Business;
- LinkedIn;
- Estratégias de mídias sociais em plataformas como Facebook e Instagram.
Nesse sentido, Renato acrescenta que um profissional pode se familiarizar com o meio digital interagindo cada vez mais com as tecnologias envolvidas. “Os médicos precisam começar a entender as plataformas e a própria telemedicina, por exemplo, além de compreender como eles podem transitar nesse meio e quais benefícios podem tirar desse ambiente”, explica.
Além disso, ele revela que não consegue imaginar um futuro em que médicos não tenham o seu próprio ambiente digital. “Cada vez mais esse ambiente é dinâmico, encurta distâncias e facilita a troca de informações com o paciente. Esse impacto é maior em algumas especialidades, mas o meio online estará cada dia mais presente em todas elas. O futuro será daqueles que têm as características e competências técnicas, mas também dominam as plataformas digitais”, assegura.
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Quem é meu público-alvo?
Apesar de muitos acreditarem que o ambiente digital pode ser utilizado apenas para captar e agradar pacientes, a criação de uma marca forte vai muito além. Para Renato, a marca não se constrói apenas pela percepção de um público. “Resumidamente, se eu tenho uma marca forte com o meu paciente, não significa que terei uma marca forte com o meu colaborador, ou a enfermeira que me ajuda em meu dia a dia de trabalho, por exemplo. Também não significa que eu terei uma marca forte com o meu colega médico, ao qual eu envio e recebo pacientes por indicação”, detalha.
O especialista explica que ao desenvolver um conjunto de ações, deve-se pensar em todos os públicos envolvidos e ter a consciência de que cada um deles tem uma demanda específica. “Ou seja, deve-se pensar: o meu site funciona muito bem para o paciente, mas para o meu colega médico uma outra estratégia será necessária, porque a demanda e as necessidades dele são diferentes”, explica Renato.
Autoridade digital e educação do paciente
As plataformas online são uma ótima opção para divulgar um trabalho ou manter contato com os pacientes, porém nem sempre é fácil alcançar a almejada autoridade digital. Renato acredita que a educação do paciente é um ponto essencial para que isso ocorra. “A função do médico na sociedade está um pouco distorcida ou restrita. O papel do médico não é só de curar, mas está ligado a um aspecto mais amplo. Isso envolve a educação em saúde: ajudar o paciente a entender a sua situação, a encontrar suas próprias respostas de como cuidar melhor de si e entender melhor a sua condição”, destaca.
Para ele, o médico tem um papel fundamental, que é de levar o paciente a assumir a propriedade pela sua saúde, a entender que o profissional está ali como um orientador desse caminho, mas que a responsabilidade final e maior é do próprio paciente. “Quando o médico entende esse papel mais amplo, ele consegue atuar para seus pacientes e públicos, em geral, não só como alguém que irá curar aquela doença específica ou minimizar seus impactos, mas como alguém que tem um papel mais amplo na saúde individual e coletiva”, conclui.
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