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Marca forte e ambiente digital: uma relação de sucesso na medicina

Por:

Nayara Simões

- 03/07/2020

Ao se construir uma carreira de sucesso em qualquer área ou setor, muitos aspectos devem ser levados em consideração, principalmente as características do público ao qual se deseja atingir. Na Medicina não é diferente e a construção de uma marca forte dependerá de diversos aspectos que devem ser priorizados na relação médico-paciente e no contato com outros profissionais da área. Um desses fatores é a familiarização com o ambiente digital, visto que, com a crescente evolução tecnológica, as plataformas e demais ferramentas online tornam-se cada dia mais importantes e presentes nesse processo comunicativo.

Ao abordar o tema “marca forte”, Renato Gregório, CEO do Universo DOC e autor do livro “Marketing médico – criando valor para os pacientes”, destaca três habilidades essenciais nesse processo:

  1. Ser: competência técnica, ter uma formação sólida;
  2. Fazer: exercer essa competência em sua prática médica, na relação com o paciente e colaboradores, e em todas as conexões que possuir;
  3. Comunicar: ter a habilidade de comunicar essas vantagens competitivas ou o conjunto de suas competências para os seus públicos.

Dessa forma, é possível entender que os três pontos estão conectados e, juntos, representam um tripé que colabora com a construção de uma carreira consolidada no mercado de trabalho. Em relação à terceira habilidade, na atualidade, diversas ferramentas digitais estão disponíveis para auxiliar a fortalecer a imagem de um profissional e, assim, colaborar com o seu sucesso. Entre essas ferramentas estão:

  • Sites;
  • Blogs;
  • Portais de especialidade;
  • Canais no YouTube;
  • Whatsapp Business;
  • LinkedIn;
  • Estratégias de mídias sociais em plataformas como Facebook e Instagram.

Nesse sentido, Renato acrescenta que um profissional pode se familiarizar com o meio digital interagindo cada vez mais com as tecnologias envolvidas. “Os médicos precisam começar a entender as plataformas e a própria telemedicina, por exemplo, além de compreender como eles podem transitar nesse meio e quais benefícios podem tirar desse ambiente”, explica.

Além disso, ele revela que não consegue imaginar um futuro em que médicos não tenham o seu próprio ambiente digital. “Cada vez mais esse ambiente é dinâmico, encurta distâncias e facilita a troca de informações com o paciente. Esse impacto é maior em algumas especialidades, mas o meio online estará cada dia mais presente em todas elas. O futuro será daqueles que têm as características e competências técnicas, mas também dominam as plataformas digitais”, assegura.

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Quem é meu público-alvo?

Apesar de muitos acreditarem que o ambiente digital pode ser utilizado apenas para captar e agradar pacientes, a criação de uma marca forte vai muito além. Para Renato, a marca não se constrói apenas pela percepção de um público. “Resumidamente, se eu tenho uma marca forte com o meu paciente, não significa que terei uma marca forte com o meu colaborador, ou a enfermeira que me ajuda em meu dia a dia de trabalho, por exemplo. Também não significa que eu terei uma marca forte com o meu colega médico, ao qual eu envio e recebo pacientes por indicação”, detalha.

O especialista explica que ao desenvolver um conjunto de ações, deve-se pensar em todos os públicos envolvidos e ter a consciência de que cada um deles tem uma demanda específica. “Ou seja, deve-se pensar: o meu site funciona muito bem para o paciente, mas para o meu colega médico uma outra estratégia será necessária, porque a demanda e as necessidades dele são diferentes”, explica Renato.

Autoridade digital e educação do paciente

As plataformas online são uma ótima opção para divulgar um trabalho ou manter contato com os pacientes, porém nem sempre é fácil alcançar a almejada autoridade digital. Renato acredita que a educação do paciente é um ponto essencial para que isso ocorra. “A função do médico na sociedade está um pouco distorcida ou restrita. O papel do médico não é só de curar, mas está ligado a um aspecto mais amplo. Isso envolve a educação em saúde: ajudar o paciente a entender a sua situação, a encontrar suas próprias respostas de como cuidar melhor de si e entender melhor a sua condição”, destaca.

Para ele, o médico tem um papel fundamental, que é de levar o paciente a assumir a propriedade pela sua saúde, a entender que o profissional está ali como um orientador desse caminho, mas que a responsabilidade final e maior é do próprio paciente. “Quando o médico entende esse papel mais amplo, ele consegue atuar para seus pacientes e públicos, em geral, não só como alguém que irá curar aquela doença específica ou minimizar seus impactos, mas como alguém que tem um papel mais amplo na saúde individual e coletiva”, conclui.

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